Formação de Custos no Frete Rodoviário Brasileiro
Ao iniciar o estudo sobre custos de transporte no Brasil, é importante relembrar que a definição de transporte, segundo Rodrigues (2007), é o deslocamento de pessoas e pesos de um local para o outro. Nesse sentido, é necessário estimar todas as despesas desta movimentação no percurso que o produto realiza, da saída do fabricante ou fornecedor à chegada ao cliente final.
Estima-se que até a década de 1950, após a Guerra Mundial, a economia brasileira baseava-se na exportação de produtos primários, que serviam de matéria-prima para produtos industrializados nos países desenvolvidos industrialmente. Neste período o setor de transportes baseava-se em ferroviário e fluvial. Após a década de 1950, com a intensificação da industrialização do país, foi-se utilizando com mais frequência o transporte rodoviário, superando o ferroviário que não teve tanta evolução.
Segundo Barat (1978), a infraestrutura brasileira passou por um crescimento favorável entre os anos de 1945 e 1980, os recursos utilizados para construção, pavimentação, conservação e manutenção de rodovias foram sustentadas basicamente pelos impostos sobre combustíveis e propriedade dos veículos. A partir de 1980, os transportes passaram a ser muito utilizados para a prestação de serviços o que significou uma progressiva e significativa deterioração das infraestruturas e das instalações de responsabilidade governamental. Tal deterioração, deveu-se diretamente à falta de investimentos governamentais especialmente federais.
Segundo Campos (2007) ao estudar os custos no Brasil se descreve um conjunto de dificuldades estruturais, burocrátcas, ideológicas e econômicas que encarecem e barram investimentos no país, dificultando o desenvolvimento nacional e refletindo diretamente nos custos de transportes cobrados aos clientes.
De acordo com Saab e Gimenez (2000), os principais problemas relacionados à logística no Brasil têm sido: elevado custo,