Formação da Modernidade no Brasil
Por: Alessandro Nunes Silva
Qual os papéis da arte no estabelecimento da formação da classe intelectual do Brasil, assim como dos manifestos? E qual a proposta dos mesmos para o estabelecimento do Modernismo no Brasil?
As dúvidas promovidas sobre a modernidade à brasileira, levaram diversos estudiosos a estudarem o tema, a fim de demonstrar, através de inúmeros aspectos, o processo de modernização que o Brasil fora sujeitado e seus implicantes.
Para tal, a década de 1920 e sua arte e agrupamentos de indivíduos, que conhecemos por intelectuais. Sentiam-se investidos em uma missão política, buscavam fazer parte da construção da sociedade em bases racionais. Intelectual como o revertido de instrumento de transformação social. Eram a elite autolegitimada na posição de intérprete das nossas massas populares, são ideólogos nacionais e os responsáveis por uma cultura política, reconhecidos como elite dirigente, eram dotados de um saber científico sobre o social. A década de 1920 trazia consigo a preocupação nítida sobre a discussão acerca da identidade e os caminhos da nação. Políticos, militares, empresários, trabalhadores, médicos, educadores e junto a eles os artistas e intelectuais, estes últimos, os objetos deste ensaio. A questão de como deveria ser o Brasil moderno é o que interessa. Se pela literatura, música, artes plásticas, manifestos compostos ou pela compreensão do que seria a cultura brasileira e paralelizá-la com o que ocorria em âmbito internacional foi, certamente, a busca dos intelectuais e artistas desta época. A semana de Arte Moderna de 1920 preocupou-se, nitidamente em discutir a identidade e os caminhos da nação. Havia a preocupação, por parte dos intelectuais sobre as instituições e as reformas que lhes caberiam, perpassando pela constituição de 1891, que tornara-se motivo de dedicação para a apresentação de propostas que reorganizariam a