Formas de cultuar maria
Bendita entre todas a mulheres desde a era de Cristo, Maria é aclamada por fiéis do mundo inteiro sob mais de 2000 nomes.
Nos tempos em que demonstrava seu amor incondicional por Jesus Cristo, Maria, uma humilde camponesa de Nazaré, já era considerada “bendita entre todas as mulheres”, como descreve o Evangelho de Lucas. Desde então, mais do que a mãe do mensageiro de Deus, ela se tornou a rainha de todos os santos, que intercede junto ao Senhor por seus filhos. Nos dias de hoje, devotos do mundo inteiro dedicam a Nossa Senhora um culto todo especial, com direito a festas, romarias, rosários e 2000 títulos diferentes. Só no Brasil, estima-se que a santa tenha recebido mais de 300 denominações.
Talvez sua imagem de força e delicadeza seja a resposta para a conquista de tanto carisma.
“No século V, igrejas e capelas dedicadas à Nossa Senhora foram erigidas nos lugar de templos pagãos, onde houve uma identificação direta com o culto mariano. A cada nova construção, a adoração ganhou um contorno um pouco diferente, peculiar.
O fato de que muito pouco se fala da santa na Bíblia também colabora para essa adaptação cultural.
Seus milhares de denominações revelam também as virtudes ou práticas da sociedade na época em que recebeu cada título. Nos primeiros séculos da era cristã, a valorização dos aspectos de sua maternidade e pureza divina deu-lhe os codinomes de “Mãe Generosa”, “Virgem Gloriosa” e “Mãe de Deus”. Já nos séculos XI e XII, com grandes catedrais góticas construídas em sua homenagem, foi chamada de “Rainha”. Neste caso, era retratada como mulher forte, salvadora e companheira de Cristo no calvário. Também na época das Cruzadas, do feudalismo e do amor cortesão, Maria foi saudada como a bela senhora dos cavaleiros, a “Madona”, a “Nossa Senhora”, respeitosos títulos dados a aristocratas feudais.
Com as aparições de Nossa Senhora, sua devoção ganhou impulso nos quatro campos do mundo. Oficialmente, porém, apenas oito casos foram