formas de censura na ditadura
Ditadura Militar
A censura no regime militar foi um dos elementos mais marcantes da severidade do regime autoritário que governava o país. O povo brasileiro era controlado pelos órgãos do governo que tentavam transparecer a paz e a estabilidade social no país tendo como sustento o desenvolvimento econômico. Por
21 anos o Brasil seria governado por uma ditadura, que começou a repressão baseando-se no argumento de defesa contra o perigo comunista.
O Ato Institucional Número 5 (AI-5) inauguraria a fase de pior repressão dentro da ditadura militar, foi decretado no dia 13 de dezembro de
1968, o qual cancelava todos os dispositivos da constituição de 1967 que pudessem ser utilizados pela oposição.
Foi criado um Conselho Superior de Censura com base no modelo norte-americano de 1939, seguido por tribunais de censura para julgar os órgãos de comunicação que burlassem as regras, fechando-os imediatamente.
Enquanto o AI-5 esteve em vigor, 1968 e 1978, qualquer veículo de comunicação passava por inspeção da pauta por agentes autorizados. A CONTEL era a responsável pela censura dos meios de comunicação, sendo comandada pelo
SNI e pelo DOPS vetava qualquer notícia de manifestação comandada por estudantes. Música, programas televisivos, programas de rádio, cinema, livros e jornais eram todos avaliados antes da publicação. Em muitas ocasiões eram vetadas matérias em jornais, que publicavam em seu lugar receitas culinárias. A maioria da população desconhecia as torturas e não se davam conta dos desaparecimentos de conhecidos causados pelo regime, a violência do Estado era notada através dos confrontos policiais, mas não era possível para muitos ter a noção precisa das verdadeiras proporções das atrocidades existentes.
No campo da produção cultural quem mais sofreu com a repressão foi a Música Popular Brasileira, tratada pelo Estado como causadora de mal à população, ofensiva