Formando equipes
Sylvia Constant Vergara[1]
Se no passado era a terra, o capital, a força e as máquinas que polarizavam as atenções, hoje vemos a inteligência e o conhecimento estabelecendo a dinâmica no mundo dos negócios. A maior fonte de riqueza das nações e das empresas é, portando, a informação. Assume o pódio, adquirindo vantagem competitiva, a empresa que a criar, obtiver e utilizar como maior velocidade e qualidade. Uma pessoa sozinha não dá conta deste requisito, então é preciso formar equipes. Como? Comprometendo as pessoas com o trabalho. Equipe é algo diferente de grupo. Pessoas trabalhando juntas podem formar um grupo, mas não necessariamente uma equipe. Para configurar-se como tal, o grupo necessita ser um elemento de identidade, catalisador e energizador dos talentos individuais. O comprometimento pode ser este elemento. Como obtê-lo nesta época contemporânea? Buscar resposta para esta questão é a motivação deste artigo.
1.1 A ÉPOCA CONTEMPORÂNEA
Vivemos uma era sem precedentes na história da humanidade, em termos de mudanças profundas e velozes nos campos político, econômico, tecnológico, social e aos valores pessoais. Elas dizem respeito ao que hoje se pode observar e vivenciar no mundo, a saber:
a) Alta complexidade, velocidade das informações, migração de idéias; b) Interdependência dos fenômenos; c) Economia sem fronteiras, regionalismos, postulações tribais; d) Recursos naturais cada vez mais escassos, crescente consciência ecológica, consumismo; e) Elevado desenvolvimento tecnológico, baixo desenvolvimento interpessoal; f) Alta competitividade, parcerias; g) Crescente exigência dos consumidores, crescente consciência política dos empregados, autocracia em baixa; h) Desemprego, oferta de emprego para pessoas informadas.
As características apontadas configuram uma teia de relacionamentos dialeticamente cooperativos e conflitivos que tem