Fordismo
Murilo Santos Ruas
A partir de uma construção histórica dos métodos de produção e organização, Thomaz Wood Junior em seu artigo, “FORDISMO, TAYOTISMO E VOLVISMO: OS CAMINHOS DA INDÚSTRIA EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO”, busca traçar uma visão geral sobre as mudanças da indústria no século passado. Diante de um paradoxo organizacional, o autor, com propriedade, discorre sobre a influência dos gerenciamentos científicos (mecânicos, burocráticos e críticos) no cotidiano humano: mudança de hábitos, rotinas, horários, hierarquia, entre outros definindo a linha histórica dos conceitos administrativos aplicados nas indústrias. De acordo com Wood, o desenvolvimento conceitual dos métodos de produção foi fundamental para o quadro atual das indústrias, é possível verificar a diferenciação do trabalho físico e mental, consequência dos rígidos métodos de Taylor, objetivando maior eficiência da organização. Esta foi à chave para o boom industrial americano do século passado. Contudo, mesmo com todo o sucesso econômico gerado, o sistema industrial atual mostrou que essa visão mecanicista não se encaixa tão bem quanto nas décadas passadas. De acordo com a abordagem do autor, hoje, é necessário outros métodos organizacionais, métodos estes que cubram os problemas proporcionados pelo excesso do gerenciamento racional aplicados, estimulando o pensamento crítico e organizacional das pessoas envolvidas no sistema produtivo em questão. Thomaz faz menções da importância da produção em massa, Henry Ford, como a solução no âmbito industrial no contexto do seu nascimento, desenvolvida e implantada no século passado. Este modelo Taylorista-Fordista, implementado por Sloan - com a descentralização -, formou uma indústria muito forte no continente. Todavia, este modelo, ainda visto no mundo, não acompanhou as transformações sociais percebidas fortemente na década de 70, fomentadas por um cenário de