Forame Infraorbital
O forame infraorbital está situado na maxila, abaixo da margem inferior da órbita, e dá passagem aos vasos e nervo infraorbitais.
Esta é uma estrutura anatômica com uma importante localização, pois suas fibras nervosas são responsáveis pela inervação sensitiva da pálpebra inferior, asa do nariz, lábio superior e gengiva vestibular dos dentes anteriores superiores (ramalhete cruciforme). Além disso, do ponto de vista cirúrgico, o FIO fica próximo de importantes estruturas tais como as regiões orbital, nasal e bucal.
Estudos comprovam que a variável sexo influencia na localização desse forame, sendo encontrado mais próximo a margem infraorbital nas pessoas do sexo feminino
Desenvolvimento
Quanto à posição do forame infraorbital em relação aos elementos dentários, estudos mostram que o dente, na maxila, mais comumente encontrado no mesmo plano vertical é primeiro pré-molar. No entanto, em 53,8% dos casos, o forame está alinhado com o segundo pré-molar superior e 28,7% entre o primeiro e o segundo pré-molar. Essa posição de alinhamento com o segundo pré-molar também foi preponderante no sexo masculino (59,6%) e no feminino (42,6%), corroborando com os resultados encontrados neste estudo.
Avaliações de crânios secos brasileiros encontraram médias de 6,71 e 6,83 milímetros para a medida sagital direita e esquerda. Por meio desses resultados, nota-se que no lado direito, esse acidente anatômico pode encontrar-se mais próximo à margem infraorbital. Essa observação torna-se importante nas anestesias por bloqueio, uma vez que o erro em poucos milímetros pode danificar o nervo infraorbital, acarretando parestesia/anestesia da região por ele inervada. O conhecimento detalhado da morfometria anatômica desta área é necessário para que o cirurgião aumente o sucesso cirúrgico, atentando, sempre, para as variações anatômicas que podem ocorrer.
Existem muitos relatos quanto a importância da localização do forame-orbital para a prática da anestesia