“Fonética articulatória”
O trabalho “Fonética Articulatória” tem como objectivo enriquecer os nossos conhecimentos sobre fonologia e fonética da Língua Portuguesa para, assim, podermos, futuramente, ensinar os nossos alunos com maior cuidado e profundidade. Este trabalho é composto essencialmente por duas partes: a primeira descreve a constituição e o funcionamento do Aparelho Fonador; a segunda caracteriza o aparelho respiratório a um nível funcional bastante completo. Todo o acto de exteriorização verbal (acto de fala) implica a existência de pelo menos dois sujeitos: o sujeito falante e o sujeito ouvinte. O primeiro (emissor) produz sons falados; o segundo (receptor), depois de os captar pelo ouvido, percebe-os, isto é, descodifica-os linguisticamente. Assim, na construção de uma língua, devemos pensar, desde logo, em fonologia e fonética, ou seja, estudar o que são sons e como tratá-los. Então, qual é a diferença entre fonologia e fonética? A fonologia estuda o comportamento dos sons e dos fonemas numa língua, enquanto a fonética estuda os sons e os fonemas (incluindo a sua evolução). Antes de estudarmos os sons e os seus comportamentos, é preciso sabermos como são os sons produzidos.
2 – O Aparelho Fonador – Sua Constituição e Seu Funcionamento
2.1 – Sua Constituição
Para que se produzam os sons que caracterizam a fala humana, são necessárias três condições:
• Corrente de ar; • Obstáculo à corrente de ar; • Caixa de ressonância.
O aparelho fonador humano é constituído por três partes, a saber:
• O aparelho respiratório, que constitui a principal fonte de energia. É formado pelos pulmões, brônquios e traqueia – são os órgãos respiratórios que permitem a corrente de ar, sem a qual não existiriam sons. A traqueia é um canal rígido que está no prolongamento dos pulmões, um corpo membranoso com fibras musculares.
• A laringe, principal