Fonoaudiologia e Escola
A escola não deve se preocupar com seu aluno apenas quando algo no aprendizado escolar vai mal, pois muitos problemas podem ser evitados antes de se manifestarem por completo. Por exemplo, uma criança que aos 5 anos não consegue desenhar uma cruz ou um círculo, poderá, aos 7 anos, não conseguir copiar as letras em seu caderno e, conseqüentemente, apresentar uma grande dificuldade em ser alfabetizada.
Os problemas de comunicação relacionados à fala são mais fáceis de serem detectados. Entretanto, muitos pais acham a maneira de falar do filho “bonitinha”, afinal, ele só tem 5 anos e ainda pode dizer “tacholo” ao invés de cachorro, “tato” ao invés de gato e “xilafa” ao invés de girafa. Neste caso, é preciso que os pais sejam convencidos a procurar atendimento especializado para seus filhos, já que aos 5 anos espera-se que a criança já consiga falar corretamente todos os sons.
As trocas que uma criança apresenta na fala podem ou não ser transpostas para a escrita. Porém sabemos que, quanto antes o tratamento fonoaudiológico for iniciado, menor será a possibilidade dela apresentar problemas de escrita.
Cabe, então, ao professor, trabalhar com sua turma, no sentido de mostrar que todos nós temos qualidades e defeitos e que ninguém é perfeito. Algumas pessoas têm defeitos mais visíveis e outros menos. Os problemas de fala são defeitos visíveis, mas que podem ser corrigidos. O professor também pode orientar os pais a procurarem atendimento especializado o mais rápido possível, para evitar que a criança sofra constrangimentos maiores ao longo do tempo.
Por isso, é preciso que o professor seja orientado por um fonoaudiólogo e que esteja atento aos comportamentos de seus alunos, encaminhando-os a um profissional especializado assim que algo de errado comece a acontecer. Desta forma o diagnóstico e o tratamento podem ser realizados o mais precocemente possível, evitando-se, assim, os distúrbios de aprendizagem.