Fome e cidadania
Camilla Maria de Sousa – Bolsista PIBIC-UFG/Campus Catalão. camilla.ufg@gmail.com Prof. Dr. José Henrique R. Stacciarini – Orientador – UFG/Campus Catalão.
INTRODUÇÃO “A fome assumiu hoje um novo caráter, tornando-se menos perceptível. Atualmente morre-se mais discretamente. A pobreza banal, a má-nutrição silenciosa, as carências alimentares invisíveis são, talvez, mais mortais que os grandes acidentes que nos incomodam de vez em quando. A fome ultrapassa a calamidade” (PEREIRA, 1996)
Há várias décadas que a população não só brasileira, mas no mundo todo, sofre com a fome. Uma das principais causas desse problema no Brasil é a desigualdade social que teve início no período da colonização e se arrastou por vários séculos até os dias atuais. O fato é que a sociedade brasileira sempre se manteve distante dos problemas sociais existentes e as “políticas públicas” do século passado estavam voltadas para um crescimento a qualquer custo, mesmo que o preço a pagar fosse contabilizado em milhões, para ser mais preciso 32 milhões é o número de pessoas que passam fome no Brasil. É possível perceber que com o modo de produção capitalista foram realizados grandes avanços no melhoramento da produção, a diversidade, a quantidade, a especialização de produtos e mão de obra, por um lado parece excelente. De fato, podemos produzir em maior quantidade e diversidade, porém do outro lado está uma mão de obra extremamente explorada e sem condições de ter acesso ao mínimo para sobreviver. Segundo a Constituição Federal no artigo 3º é dever do Estado “construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;