Folha da prova
A Passagem do Século XIX ao Século XX O final do século XIX foi um marco na história da arte da Europa. Uma época de rompimento com a tradição clássica que já durava cinco séculos, representada pela arte acadêmica de forte inspiração neoclássica, que fez com que surgisse a Arte Moderna. Esta tem uma diversidade de movimentos, os ismos, que apresentam como característica comum o repúdio à representação naturalista clássica e seu ideal de beleza universal.
Neste processo turbulento deve-se destacar os impressionistas e os pósimpressionistas (ou pré-modernos) que, antes dos modernistas, iniciaram a rejeição às idéias pregadas pelas academias, não se interessando mais em produzir uma arte de inspiração renascentista com cenas rígidas, frias e estáticas sobre os temas dos grandes mitos greco-romanos, religiosos e das batalhas napoleônicas, uma arte de caráter imitativo ou mimético.
Conceitos estéticos: o Belo na tradição e na ruptura O termo estética define um campo de estudo da filosofia e da ciência que, baseada em critérios visuais, morais e sociais, tem por objetivo estudar as condições e os efeitos da criação artística.
A estética clássica Em sua origem na Grécia, o termo está ligado à sensação, mas na segunda metade do século XVIII, um estudioso denominou de estética a área da filosofia que se propunha a estudar o Belo e a arte. Por isso, muitas vezes a palavra estética é compreendida como sinônimo de beleza, com o sentimento do belo que sentimos por alguém ou por alguma coisa. 5 Até o século XIX o significado de estética estava relacionado a idéias como: harmonia, equilíbrio, proporção, clareza e a justa medida, que independe do gosto subjetivo para a sua existência. Foi esse padrão de beleza clássico que determinou por muito tempo a produção artística no mundo ocidental. As Belas-Artes estão submetidas a este
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