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862 palavras 4 páginas
A Barata Arrogante

Era uma vez uma Barata - do sexo masculino - que era muito inteligente e sempre era o primeiro da classe. Tornou-se logo uma autoridade na sua área, a cirurgia plástica.

Era muito vaidoso e toda manhã se olhava no espelho e dizia:

- É impressionante como sou bonito e inteligente, dá até vontade de chorar diante de tanta beleza...

Era bem sucedido no trabalho e, como sucesso é sempre uma atração, as baratas, do sexo feminino, viviam atrás dele. Tão convencido de sua autossuficiência ele era, que podia ser considerado um padrão quando o assunto era indiferença para com os outros.

Essa nova geração de baratas desenvolvera alta resistência aos modernos venenos fabricados pelos Humanos. Assim a maioria dos venenos, antes mortais, hoje eram banais e sem efeito nocivo nenhum sobre elas. Alguns até eram consumidos em festinhas da elite, pois seu único efeito era deixá-los aéreos ou doidões.

Haviam criado um conselho de cientistas especializados em estudar os novos venenos criados pelos homens, assim, podiam fabricar a tempo os antídotos e vacinas, em caso de contágio acidental.

Com o passar dos anos, a nova geração das baratas foi tomando conta de tudo, e novos costumes foram sendo incorporados ao dia a dia. Então, velhos costumes, como o kit inseticida foram sendo deixados de lado pelos mais novos. O conselho dos pesquisadores de venenos também foi extinto.

O Kit Inseticida era uma tradição milenar desde os tempos das Baratas profetas. E de geração em geração foram sendo incorporados aos costumes da população. Era uma caixinha que todas as pessoas - baratas- carregavam consigo e que continha alguns materiais básicos, com os quais os mesmos podiam testar a qualidade dos alimentos que comiam. Com o tempo, o Kit foi aperfeiçoado e foi a ele incorporado um detector de lagartixas. Assim, as mães sabiam que seus filhos de posse do Kit Inseticida, podiam andar seguros pelas ruas. Assim era comum as mães perguntarem

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