FOCOS DE TENSÃO – RUANDA E BURUNDI
Ruanda e Burundi são exemplos das conseqüências terríveis fronteiras artificiais criadas pelos colonizadores europeus no continente africano.
As tribos Hutus e Tutsis, que habitam, principalmente, os territórios de Ruanda e Burundi, t êm uma rivalidade imposta pelos colonizadores, que geram ódio que culminam em golpes de estado, governos que priorizam uma minoria e principalmente: mortes.
Motivos do conflito
Esses países têm colonização de origem alemã, logo estes priorizavam os indivíduos da etnia Tutsi, e desprezavam a etnia Hutu.
Quando a Alemanha foi derrotada na 1° guerra mundial, a Bélgica assume o controle do país, e permanece os privilégios dos Tutsi.
1932 : Bélgica cria o documento de identidade étnica, que aumenta ainda mais a rivalidade entre as duas tribos.
O Conflito
1959: Os ressentimentos acumulados pelos hutus no período colonial explodem. Na primeira rebelião os militares tutsis foram aprisionados e tiveram seus pés cortados a golpes de facão.
1961: A minoria tutsi ficou obrigada a migrar para os países vizinhos, a fim de organizarem uma nova tomada de poder. Ainda no mesmo ano é declarada a independência de Burundi sob a monarquia Tutsi. No ano seguinte, a Bélgica reconheceu a independência de Ruanda.
1963: Tutsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, sendo massacrados pelos hutus. Contudo os conflitos foram prosseguindo ate que em 1973 um golpe de Estado levou ao poder, em Ruanda, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia hutu.
Quando ele chegou ao poder, um grande número de países ocidentais concedeu ao país enorme crédito político, mas principalmente econômico.
Apesar dos conflitos persistirem, pode-se afirmar que, nas duas décadas seguintes, houve certa trégua.
1993: O governo de Ruanda, liderado pelos hutus, assinou um acordo de paz com a liderança tutsi, pelo qual os refugiados poderiam voltar ao pais e participar do governo.