Foco Do Regime Medicamentoso
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O regime medicamentoso, com o aumento da população sénior, tem vindo a tornar-se cada vez mais um foco de atenção, não só para os cuidados de saúde gerais mas também, e principalmente, para a prática de enfermagem. Com isto, é pertinente ter em atenção tudo o que envolve e influencia no que diz respeito à medicação. Assim, define-se adesão ao regime medicamentoso, segundo a CIPE, como sendo uma “volição com as características específicas: ação auto-iniciada para promoção do bem-estar, recuperação e reabilitação, seguindo as orientações sem desvios, empenhado num conjunto de ações e de comportamentos. Cumpre o regime de tratamento, toma os medicamentos como prescrito, muda o comportamento para melhor, procura os medicamentos na data indicada, interioriza o valor de um comportamento de saúde e obedece às instruções relativas ao tratamento”. Para outros autores é apresentada outro conceito como um “grau de conformidade entre as recomendações dos profissionais de saúde e o comportamento da pessoa relativamente ao regime terapêutico proposto” (Haynes et al., 2008) ou até como um “conjunto de comportamentos, tais como: tomar a medicação, seguir dietas ou executar mudanças de hábitos de vida que coincidam com o regime terapêutico prescrito” (Almeida et al., 2007). Vários são os modelos que classificam qualitativamente a adesão ao regime medicamentoso, nomeadamente: adesão parcial: atribui-se a situações em que o doente não manifesta uma adesão total (ex: o doente toma a dose certa na hora errada ou a dose incorreta), adesão parcial intencional (ex: quando se sentem pior tomam a medicação e, ao contrário, quando não há sintomatologia, ignoram o tratamento medicamentoso) e adesão parcial não intencional quando é causada pelo esquecimento da dose prescrita (causa mais comum), pela confusão nos esquemas de tratamento, rótulo impreciso e/ou incapacidade de abrir as embalagens (“Adesão ao regime terapêutico na doença crónica: Revisão da Literatura”). Os fatores que