FMI- Relação com Angola
RELAÇÃO COM ANGOLA
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estabeleceu com o governo angolano um acordo de assistência financeira no valor de 1,4 mil milhões de dólares norte-americanos (USD), válido por dois anos. Destina-se a apoiar o país a fazer face aos efeitos da crise económica e financeira mundial. Consequentemente, a instituição multinacional fundada em Bretton Woods, nos Estados Unidos da América (EUA), voltará a ter um representante residente em Luanda.
Pela primeira vez na história do seu relacionamento bilateral iniciado a 19 de Setembro de 1989, data de admissão na mais famosa instituição de Bretton Woods, situada nos Estados Unidos da América (EUA), Angola e o FMI (Fundo Monetário Internacional) têm um acordo financeiro, cuja vigência se vai prolongar até ao final de 2011.
O acordo do tipo “Stand-By” (SBA), que prevê desembolsos faseados na ordem de 1,4 mil milhões de dólares norte-americanos (USD), está assente num programa prévio negociado entre Angola e o FMI, que vai certamente condicionar os critérios despesistas e pouco transparentes com que o governo normalmente faz a gestão dos avultados recursos públicos de que dispõe.
É uma crítica recorrente que o próprio Presidente da República, José Eduardo dos Santos, já assumiu e tem utilizado para chamar a atenção dos seus pares para a necessidade de se adoptar uma nova postura em relação à gestão da coisa pública, como o fez em Novembro último, diante do Comité Central do MPLA, instância dirigente do partido governamental, quando decretou a “tolerância zero” contra a corrupção.
Algumas semanas mais tarde e já na sessão de encerramento do VI Congresso do MPLA, José Eduardo dos Santos voltaria a destacar a necessidade de se promover “uma nova atitude perante o trabalho e a gestão da coisa pública” e acrescentou: “Eu diria uma atitude mais responsável perante o trabalho e a coisa pública.”
O chefe de Estado anunciou na ocasião que medidas