fmi em portugal
As crises verificadas em Portugal são essencialmente resultado de desequilíbrios na Economia, nomeadamente desequilíbrios na Balança de Transações Correntes que provocam situações de défice.
Já tivemos situações anteriores em que foi necessário a intervenção do FMI, sendo esta a terceira vez que estão no nosso país. As anteriores foram em 1977 e em 1983. O problema económico é semelhante, mas a economia e o país já são muito diferentes.
Sabem qual a grande diferença dessas duas épocas para os dias de hoje ??
Hoje temos o euro em vez do escudo e uma Europa com as fronteiras abertas e moeda única.
Na primeira intervenção estávamos em Democracia há pouco tempo e ainda não existiam organizações de defesa do trabalhador. O resultado foram enormes perdas salariais.
No início dos anos 80 tínhamos uma moeda que não era forte e não era utilizada como meio de pagamento internacional. Precisavamos de divisas para pagar as nossas importações. Não podemos esquecer que a economia portuguesa é muito dependente do exterior, principalmente em questões energéticas.
Existiam limitações à circulação de capitais e as taxas de câmbio eram fixadas administrativamente pelo Banco de Portugal.
A aquisição de divisas era, muita vezes, feita com recurso ao endividamento. Tal como acontece com as famílias à medida que o endividamento aumenta também a dificuldade em obter novos empréstimos vai crescendo. Em 1983 Portugal chegou ao ponto em que tinha de usar as suas reservas de ouro para garantir os financiamentos e a partir de certa altura jão não era possível assegurar os compromissos.
Foi chamado pela 2ª vez o FMI. Foi necessário implementar políticas que reduzissem o déficite da Balança de Pagamentos.
Desvalorizou-se imenso o escudo: