Fluxo de energia e desenvolvimento do abacaxizeiro
(Cleber B. de Souza; Bernardo B. da Silva; Pedro V. de Azevedo; Vicente de P. R. da Silva )
O estado da Paraíba é um dos mais importantes produtores de abacaxi do mundo. As condições propícias de clima e solo permitem que se destaquem quanto aos aspectos qualitativo e quantitativo. Alguns produtores no Nordeste brasileiro têm utilizado a irrigação para garantir maior rendimento e dirigir a sua colheita para épocas que coincidam com a entressafra de sequeiro, objetivando auferir maior lucratividade. Neste sentido, o conhecimento dos componentes do balanço de energia, em particular o fluxo de calor latente, oferece elemento significativo na identificação das necessidades hídricas desta cultura. O saldo de radiação sobre o dossel de uma cultura representa a quantidade de energia, na forma de ondas eletromagnéticas, a ser utilizada nos processos evapotranspirativo, de aquecimento do ar e do solo e na fotossíntese (Tubelis et al., 1976).
Nesta concepção de análise agrometeorológica, voltada para os diversos cultivos e, especialmente, para o de abacaxi, o conhecimento da evapotranspiração ou fluxo de calor latente (LE), se torna uma ferramenta imprescindível no manejo da água, do solo e das culturas, para que se obtenha, então, sucesso na atividade agrícola.
O método do balanço de energia, baseado na razão de Bowen, foi utilizado obtenção dos fluxos de energia durante o período experimental. Os componentes balanço de energia foram fortemente influenciados pelo índice de área foliar e altura planta durante todas as fases de desenvolvimento da cultura, principalmente o fluxo calor sensível.
na do de de O experimento agrometeorológico foi realizado nos tabuleiros costeiros do estado da Paraíba, em uma fazenda com cultivo comercial de abacaxi. O clima da região é quente e úmido, com período chuvoso na estação verão-outono. O solo da área experimental é do tipo Neossolo