Fluxo de caixa
Por Carlos Alexandre Sá Neste trabalho vamos analisar um elemento importante do Fluxo das Atividades Operacionais: a necessidade de capital de giro. A necessidade de capital de giro é muito sensível às mudanças no ambiente econômico em que a empresa opera. No entanto, depende basicamente da natureza e do nível de atividade da empresa, como veremos adiante. Este nível de atividade afeta tanto mais a necessidade de capital de giro quanto maior for o seu ciclo financeiro. Em uma empresa bem administrada e com as vendas em expansão, a variação da necessidade de capital de giro tende a ser ligeiramente positiva, ou seja, a necessidade de capital de giro aumenta com as vendas. Isto se explica porque, nestes casos, os estoques aumentam e o saldo da conta Recebíveis, também. Embora os fornecedores financiem no todo ou em parte os estoques de matérias primas, é provável que uma parte dos estoques de produtos em elaboração e de produtos acabados (no caso de empresas industriais) e os Recebíveis tenham que ser financiados pelo fluxo da atividade principal ou por empréstimos de curto prazo. Ora, como sabemos, um aumento do saldo de qualquer conta do Ativo (exceto o Disponível) retira recursos do fluxo de caixa. Daí que um aumento da necessidade de capital de giro aparece no fluxo de caixa com o sinal negativo. O oposto também é verdade. Em empresas bem administradas, em períodos de retração de vendas, a variação da necessidade de capital de giro tende a ser ligeiramente negativa (ou seja, a necessidade de capital de giro diminui) porque o nível dos estoques diminui e o volume de recebíveis também. Daí que uma diminuição da necessidade de capital de giro aparece no fluxo de caixa com o sinal positivo, ou seja, quando a receita líquida diminui a necessidade de capital de giro passa a ser uma fonte que libera recursos para o fluxo de caixa. Uma exceção notável desta regra são as empresas que compram com prazos dilatados