fluxo de caixa
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é evidenciado através da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), uma demonstração de grande importância na análise da empresa, porque evidencia as modificações ocorridas nas disponibilidades da entidade (Caixa e Bancos Conta Movimento, principalmente).
Note que, apesar do nome, a DFC não evidencia apenas as mudanças na conta Caixa, mas em todas as contas de disponibilidades.
Um conceito importante é o de equivalente caixa, que corresponde às Aplicações de Liquidez Imediata, conta integrante do disponível da empresa, e que representa as aplicações que podem ser resgatadas imediatamente, apresentando, portanto, baixo risco de alteração de seu valor.
A DFC não é uma demonstração obrigatória pela Lei 6.404/76. Entretanto há proposta, no Congresso Nacional, para introdução de modificações na Lei das S.A., transformando a DFC em peça obrigatória para as companhias. Entretanto, até o momento, esta demonstração permanece como peça facultativa.
O resultado apurado pelo regime de caixa (resultado financeiro) pode ser diferente do resultado econômico. O fluxo de caixa não é necessariamente coincidente com o fluxo econômico, sendo normalmente diferente. Por exemplo, a empresa pode apurar lucro econômico (apresentado na DRE), e prejuízo financeiro (evidenciado na DFC). Vejamos o caso abaixo:
DRE da Companhia ALFA em 31/12/2005:
Vendas à vista 20.000
Vendas a prazo 50.000
(-)CMV (40.000)
(=) Lucro Bruto 30.000
(-) Depreciação (2.000)
(-) Amortização (2.000)
(-) Outras Despesas Operacionais (6.000)
(=) Lucro Operacional 20.000
(-) Imposto de Renda (25%) (5.000)
(=) Lucro Líquido 15.000
Observações:
1) Não havia estoque inicial e todas as mercadorias adquiridas no período foram vendidas.
2) Metade das compras só serão pagas em 31/01/2006.
3) O IR será recolhido até 31/03/2006.
Observamos que houve lucro econômico de 15.000, mas quanto desse valor entrou efetivamente em Caixa? Será que o fluxo de caixa