Fluoxetina
Desde o lançamento do Prozac (fluoxetina), antidepressivo que mudou o conceito do tratamento da doença no fim da década de 1980, o mercado avançou com a quebra de patentes e a entrada de drogas mais modernas. Para se desenvolver um medicamento com grande impacto terapêutico, o investimento médio da indústria é de US$ 1,2 bilhão. Mas o mercado é promissor. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que em 2030 a saúde mental vai ocupar lugar de destaque no orçamento doméstico. A depressão vai ser a doença mais comum, à frente de outros problemas, como os cardiovasculares.
Estima-se que no Brasil entre 10% e 20% da população sofra da doença, o que requer o consumo contínuo de substâncias por uma boa parte da vida.
Hoje, os antidepressivos ultrapassaram a barreira das doenças nervosas e são usados não apenas em casos de distúrbios psicológicos, mas também para atacar enxaquecas, dores crônicas e reumáticas, bulimias, anorexias e até, como no caso de Magali, TPM. Passaram a se constituir numa saída para tudo que aflija, de alguma maneira, o ser humano. A Organizaçao Mundial de Saúde (OMS) estima que todos os médicos, de qualquer especialidade, já tenham receitado, em alguma situação, antidepressivos.
Esse exagero na prescrição está assustando médicos, especialistas, organismos de saúde pública,. Consumidores. Boa parte das vezes a receita sai por pressão do paciente, para uso com outros fins, como em regimes de emagrecimento. Outras vezes, porém, é indicado para encurtar tratamentos psicoterapêuticos que seriam longos sem a ajuda de um suporte químico. A função dos antidepressivos é normalizar o fluxo de neurotransmissores, as moléculas