Fluorose aguda e cronica
O flúor vem sendo utilizado em Saúde Pública desde meados do século XX como elemento eficaz, efetivo e seguro na prevenção e controle da cárie dentária. Existe uma variedade de formas de utilização dos fluoretos, por administração sistêmica e tópica, embora esteja bem estabelecido que sua principal ação preventiva é tópica.
No Brasil, a água de abastecimento público é o principal veículo do flúor utilizado em escala populacional, por ser um método seguro, econômico e de grande alcance social. Juntamente com a fluoretação dos dentifrícios, massivamente utilizada a partir do final da década de 1980, a adição de flúor à água tem sido apontada como uma das principais razões da redução da prevalência de cárie na população brasileira.
A utilização de bochechos e géis fluoretados alcançou popularidade em programas de saúde bucal coletiva no Brasil, especialmente em populações de risco à cárie com mais de seis anos de idade, devido ao bom custo-efetividade e facilidade de operacionalização, enquanto os vernizes fluoretados são recomendados para crianças em idade pré-escolar, sendo pouco empregados em programas de saúde bucal coletiva no país. A utilização de suplementos contendo flúor é contraindicada em gestantes, uma vez que não há fundamentação científica quanto ao mecanismo de ação do flúor, dose e benefícios para o bebê que justifiquem seu uso na gravidez.
A intoxicação crônica, ou seja, ingestão de baixas doses de flúor em um longo período de tempo, está relacionada com alterações nas estruturas dentais e ósseas. Este elemento possui afinidade pelo fluoreto, originando em conjunto com o mesmo a fluoropatita; com o cálcio, o flúor origina o fluoreto de cálcio. Deste modo, pode haver o aparecimento de alterações dentárias, como fluorose; e óssea, como a hipercalcificação.
Toxicidade aguda
É aquela devida a ingestão de uma quantidade excessiva de F - , em uma única dose. Os sintomas mais leves incluem mal estar gástrico e vômitos, e,