Fluorese do esqueleto
1. Conceito
Defini-se fluorose do esqueleto, fluorose óssea ou osteofluorose uma doença causada por consumo excessivo de flúor, onde ocorrem deformações ósseas por enfraquecimento do tecido dos ossos. O flúor, elemento químico essencial, encontrado em mamíferos, é caracterizado e rigorosamente dosado por suas capacidades reativas e tóxicas quando presente em nível elevado no organismo.
2. Fisiopatologia
Os tecidos minerais contém praticamente noventa e nove porcento de flúor do organismo, com uma grande maioria nos ossos. O componente mineral dos tecidos duros do organismo é geralmente a apatita, um fosfato de cálcio, que caracteriza-se por pequenos minerais encaixados numa matriz. Mesmo que o flúor não seja um dos únicos íons suscetíveis de contaminar a apatita, ele tem a particularidade de ser o único a poder se incorporar com facilidade na estrutura dos cristais, por substituição de uma hidroxila (OH): podendo essa, acontecer de duas maneiras, seja durante a formação do cristal por incorporação direta ou após a formação, por deslocamento de OH. Querer definir uma concentração ótima do flúor nos ossos não é interesse prático. Podem-se encontrar concentrações diferentes como 50 ppm na costela de um recém-nascido e 15000 ppm na de um adulto com fluorose. Assim, nota-se que a concentração média nos ossos está entre 1000 e 5000 ppm, variando de acordo com o lugar, atividade de remodelamento e a vascularização. Ainda, considera-se que os ossos são vivos, em constante metamorfose, prosseguindo a incorporação do flúor por toda vida e diminuindo no envelhecimento.
3. Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas da doença discutida, apresentam-se de acordo com os níveis de concentração de flúor em miligramas por quilograma de peso, definindo a fluorose do esqueleto em fases: Osso normal (500 a 1,000 mgF/Kg); o indivíduo não apresenta sintomas. Fase pré – clínica (3,500 a 5,500 mgF/Kg); assintomático. Fase clínica I (6,000 a