Fluidoterapia em cirrugia veterinária
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FLUIDOTERAPIA EM CIRURGIA VETERINÁRIAA fluidoterapia é a correção de alterações patológicas dos líquidos orgânicos ou a prevenção destas alterações, através de líquidos exógenos. Os líquidos ou fluidos podem ser de vários tipos e administrados por diferentes vias. Basicamente, os fluidos podem ser cristalóides, colóides e hipertônicos. Os cristalóides são soluções eletrolíticas de baixo peso molecular, isentos de proteínas. Os colóides são soluções de alto peso molecular contendo proteínas ou moléculas semelhantes. As soluções hipertônicas são soluções eletrolíticas que apresentam hipertonicidade em relação ao plasma. Um exemplo de solução cristalóide é a solução salina ou solução de cloreto de sódio a 0,9%; de solução colóide é o plasma e de solução hipertônica é o cloreto de sódio a 3%. Elas podem ser associadas para um melhor efeito.
Na literatura existem diversos trabalhos comparando o uso de soluções cristalóides e colóides tanto em animais quanto em seres humanos. A escolha do fluido depende da opção disponível, do estado do paciente, do conhecimento do profissional a respeito dos fluidos utilizados, do custo dos fluidos e do bom senso. Para se proceder à fluidoterapia, é necessário que se faça uma avaliação cuidadosa do paciente a fim de se estabelecer a necessidade de reposição hídrica. Em cirurgia, mesmo que o animal operado esteja sadio (cirurgia de conveniência, cirurgia de estética), ocorre sempre perda de líquidos, por isso deve-se administrar fluidos durante o trans-operatório. Durante a cirurgia, ocorrem perdas de líquidos de grau proporcional ao tempo e severidade da agressão cirúrgica. Quando da diérese dos tecidos, ocorre resposta inflamatória imediata com formação de exsudato, o que resulta em mobilização dos líquidos para a área lesada. Além da perda de volume circulante (hemorragia) há redução no líquido extracelular, devido ao sequestro para o chamado terceiro espaço (que inclui o edema de dissecação extensa, sequestro de