Fluidos supercríticos
SUPERCRÍTICOS
Aldo Adolar Maul
Universidade de São Paulo
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Depto. Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica aldomaul@usp.br PESQUISA
Situação atual e futuro da extração supercrítica os últimos vinte anos, a extração por fluido supercrítico (SFE) e a cromatografia supercrítica (SFC) conquistaram um lugar de destaque tanto na química analítica quanto nos processos industriais. A extração por fluido supercrítico é geralmente mais rápida que a extração líquida e quando usa o bióxido de carbono como solvente, muito mais ecológica. De fato, boa parte da ênfase dada à SFE vem da necessidade de substituir solventes orgânicos devido a pressões internacionais dos ambientalistas e também devido à tendência de um rápido aumento dos custos industriais. Em conseqüência, a SFE tornou-se uma alternativa importante na extração de materiais de plantas em escala industrial.
Acima de uma certa temperatura e pressão, os gases passam para um estado intermediário entre o líquido e o gasoso: tornam-se supercríticos, podendo então agir como solventes. O bióxido de carbono em estado supercrítico pode dissolver ou incorporar a maioria das moléculas orgânicas. Já utilizado pela indústria agro-alimentar, está conquistando as indústrias farmacêutica e cosmética.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o atual estágio de utilização, as vantagens e desvantagens, os princípios e as perspectivas futuras de aplicação da tecnologia de extração por fluidos supercríticos, principalmente utilizando-se o bióxido de carbono supercrítico (CO2), de uma maneira ampla, na obtenção de insumos farmacêuticos, fitoterápicos e alimentícios.
INTRODUÇÃO:
As técnicas para a extração de componentes ativos de substratos naturais evoluíram consideravelmente nos últimos anos.
Os primeiros processos de extração foram de digestão de flores e condimentos em óleos e gorduras e de ervas e partes de plantas em água e vinho. Óleos essenciais