FLUIDOS DE PERFURAÇÃO A BASE DE ACETAL
Este capítulo apresenta uma revisão da literatura sobre emulsões, fluidos de perfuração e metodologia de síntese de acetais.
II. 1. EMULSÕES.
II. 1. 1. Introdução.
Emulsão é uma mistura de dois líquidos imiscíveis, um dos quais está disperso no outro na forma de gotículas líquidas. A estabilidade da emulsão pode variar de alguns minutos a alguns anos (Goodwin et al., 2004). As emulsões podem ser de dois tipos principais, com base na natureza da fase dispersa: óleo em água (O/A) e água em óleo (A/O). O tipo de O/A é uma dispersão de um líquido ou de uma solução imiscível em água. O óleo neste caso é a fase interna (descontínua) e a fase aquosa é a fase externa (contínua). Já a emulsão A/O é o oposto (Goodwin et al., 2004; Myers et al., 2006a). As emulsões são amplamente encontradas em alimentos, petróleo, agrotóxicos, produtos farmacêuticos cosméticos e tintas, entre outros (Capdevila et al., 2010; Li et al., 2010)
Dois líquidos imiscíveis puros não podem formar uma emulsão estável. Para uma suspensão de um líquido em outro ser cinéticamente estável e ser classificada como uma emulsão, um terceiro componente deve atuar estabilizando o sistema, e esse terceiro componente é chamado de agente surfactante (Goodwin et al., 2004; Myers et al., 2006a).
A formação da emulsão não é algo espontâneo. É necessário que seja usada energia para produzir as gotas. A formação de grandes gotas de emulsão é facilmente alcançada com a utilização de agitadores de alta velocidade, tais como o Ultra-turrex® ou Silverson Mixer® (Mcclements et al., 2007). No entanto, a formação de pequenas gotículas como no caso de nano-emulsões é mais difícil, pois requer uma grande quantidade de surfactante e/ou alta energia. Vários procedimentos podem ser seguidos para se preparar emulsões, que vão desde os mais simples que utilizam misturadores e agitadores em geral, até os que usam equipamentos mais sofisticados como o ultra-som (Mcclements