Flotação do carvão
Introdução
O aproveitamento e valorização das frações finas resultantes dos processos de beneficiamento de carvão no Brasil sempre acompanharam as oscilações de mercado e as mudanças na estrutura produtiva da indústria carbonífera. Essa indústria passou por grandes transformações no início da década de 90 do século passado, fruto principalmente das mudanças nas políticas econômicas e de utilização de recursos energéticos. O aproveitamento das frações finas e ultrafinas por meio da técnica de flotação, que representou no passado grande volumes produzidos, principalmente para o abastecimento da indústria de coqueificação de carvão, restringe-se atualmente apenas a três empresas, localizado no Estado de Santa Catarina.Entretanto, em que pese o volume produzido comparativamente menor, o maior valor agregado dos materiais produzidos, bem como o maior aproveitamento desses subprodutos do carvão torna-se plenamente justificado, tanto em termos econômicos, quanto ambientais, proporcionando, entre outros benefícios, maior vida útil das bacias de decantação e maior eficiência nas demais operações unitárias de beneficiamento de finos, tais como na etapa de separação em mesas concentradoras e em espirais de Humpheys.
Processo De Flotação De Carvão
As camadas de carvão existentes no Rio Grande do Sul, por não possuírem frações finas com características superficiais favoráveis para a recuperação pelo processo de flotação, pelo menos conforme o conhecimento técnico e as variáveis econômicas atuais, não motivaram a instalação em escala industrial de unidades de flotação dos finos gerados no processo de beneficiamento. No que se refere ao Estado de Santa Catarina, o modelo de beneficiamento era realizado da seguinte forma:
O pré-beneficiamento era realizado em lavradores construídos junto às unidades de extração para a produção de um carvão pré-lavado (granulometria maior que 0,60mm) e enviado ao lavrador de Capivari (LAVACAP) na cidade de Capivari