Floriano Peixoto
Deodoro da Fonseca havia deixado um país conturbado pelo fracasso da política monetária empreendida em seu governo, perdendo apoiodas alas mais pobres.
Para contornar a insatisfação da maioria com os republicanos, Peixoto mandou construir casas, diminuir os altos valores dos aluguéis e até mesmo isentar os mais pobres de pagar os altos impostos cobrados após a crise instaurada pelo governo anterior.
Seu perfil populista acabou preocupando as elites do país, que decidiram organizar um grande movimento de oposição. Eles argumentavam que Floriano Peixoto desrespeitou a Constituição ao assumir o país como vice sem eleições diretas – o que de fato ocorreu.
Segundo o texto, caso o presidente não chegasse a ficar dois anos no governo, novas eleições deveriam ser realizadas. Apesar de chefiar a nação em 1889, Deodoro da Fonseca só se tornou Presidente da República em fevereiro de 1891, o que na prática totalizava 9 meses de mandato.
Assim, os oposicionistas organizaram grandes revoltas exigindo a convocação de novas eleições. Neste contexto, surgiram dois grandes conflitos que ganharam apoio internacional: a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro, e a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul.
Floriano Peixoto reprimiu essas insurgências com extrema violência, chegando a ser denominado de “Marechal de Ferro”.
Mesmo com a ampla oposição das elites cafeicultoras, os paulistas convenceram Floriano Peixoto a apoiar a candidatura de Prudente Moraes, que se tornaria o primeiro civil a ocupar o cargo da presidência. Apesar da violência e do paternalismo, que lhe deram força política, Peixoto não quis prolongar o mandato e, em 15 de novembro de 1894, foi substituído pelo candidato paulista.