Floresta de terra firme
As florestas de terra firme ocupam terras não inundáveis. São recentes, originadas da sedimentação da bacia amazônica no período terciário. Caracterizam-se pelo grande porte das árvores e formação de dossel, isto é, uma compacta e permanente cobertura formada pelas copas das árvores. No geral possuem de 140 a 280 espécies arbóreas por hectare, número impressionante se compararmos com a diversidade das florestas temperadas e boreais. A maioria dos 7 milhões de km2 da Floresta Amazônica é constituída por uma floresta de terra firme. Esta é uma floresta que nunca é alagada e se espalha sobre uma grande planície de até 130-200 metros de altitude, até os sopés das montanhas. A grande planície corresponde aos sedimentos deixados pelo lago "Belterra", que ocupou a maior parte da bacia Amazônica durante o Mioceno e o Plioceno, entre 25 mil e 1,8 milhão de anos atrás. O silte e as argilas depositados neste antigo lago foram submetidos a um suave movimento de elevação epirogenético, enquanto os Andes se ergueram e os modernos rios começaram a cavar os seus leitos. Assim surgiram os três tipos de florestas amazônicas: as florestas montanhosas Andinas, as florestas de terra firme e as florestas fluviais alagadas, as duas últimas na Amazônia brasileira.
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As flutuações climáticas do Pleistoceno se manifestaram numa sucessão repetida de climas frio-seco - quente-úmido - quente-seco. A última fase fria-seca data de 18 mil a 12 mil anos atrás, quando o clima da Amazônia era semi-árido, com temperatura média rebaixada por até 5ºC. Em seguida, houve o retorno do clima quente-úmido, que chega ao máximo em torno de 7 mil anos atrás. Desde então, e com várias oscilações de menor porte, vivemos um clima relativamente quente-seco. Muito importante foi o fato de que durante as fases semi-áridas, a grande floresta de terra firme se