Florença na época dos medici
Os Medici foram a primeira dinastia de nobreza a ganhar tal status não por guerra, casamento ou herança, mas sim através do comércio. A família muda para Florença no século XII e nos próximos dois séculos que se seguem começa a juntar uma grande fortuna através de atividades bancárias e trocas mercantilistas. Porém até o século XV, os Medici não passam de mais uma entre várias famílias influentes da região. Quem começa a mudar essa realidade é Giovanni di Bicci de Medici, responsável pelo crescimento da fortuna dos Medici, ele começa a usar discretamente sua influência financeira na política, maneirismo que será aperfeiçoado por seu filho Cosimo de Medici. Florença no século XV era uma cidade independente, a Itália ainda não era um país unificado, suas cidades, portanto, funcionavam como Estados independentes. Florença era uma cidade de praças e torres, com ruas movimentadas, estreitas e tortas, herança dos tempos medievais. Tinha muitos palácios bem protegidos, que mais pareciam fortalezas, com paredes sólidas feitas de pedras; velhas igrejas com fachadas revertidas de desenhos geométricos coloridos, abadias, conventos e hospitais, além de cortiços abarrotados. Envolvendo tudo isso, encontrava-se uma alta e extensa muralha feita de tijolo e pedra. Administrativamente a cidade era dividida em quatro quartieri, que por sua vez eram subdivididos em quatro distritos. Cada quartiere tinha suas próprias características e eram distinguidos entre si através das atividades exercidas em cada um deles, além dos palácios das famílias ricas. Em cada distrito haviam as loggie, galerias abertas onde os habitantes iam conversar e tratar de negócios. As partes mais movimentadas da cidade ficavam junto à Ponte Vecchio, sobre a parte mais estreita do rio Arno – Onde encontravam-se os açougues e as casas dos açougueiros – e no Mercato Vecchio, onde ficavam as lojas de tecidos e roupas usadas, as barracas de peixe, de pão e as quitandas. Lá