Florence Nightingale
Nascida na Itália, em 12 de maio de 1820, descendente de família inglesa abastada teve uma educação primorosa que permitiu o desenvolvimento de seus dotes intelectuais. Fazendo parte da elite econômica e social e amparada pelo poder político, Florence - que já possuía algum conhecimento de enfermagem adquirido com as diaconisas de Kaiserwerth e que segundo a historiografia, era portadora de grande aptidão vocacional para tratar de doentes- foi a precursora da nova Enfermagem que, como a medicina, encontrava-se vinculada à política e à ideologia da sociedade capitalista. Em 1854, foi convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra, para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia (1854-1856). Impressionada com as notícias sobre a falta de assistência aos soldados ingleses, partiu, juntamente com 38 voluntárias para prestar assistência. De volta à Inglaterra, recebeu do governo 40 mil libras, que empregou na criação de uma escola de Enfermagem, no Hospital Saint.Thomas, em 1860. Esta escola passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente, chegando ao Brasil na década de 20 do atual século. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano, consistia em aulas diárias ministradas por médicos. Quando Florence publicou Notes on Nursing, tinha quarenta anos incompletos e há muito se tornara uma heroína nacional, graças à gratidão dos soldados ingleses e suas famílias, ao apoio da imprensa, de médicos, parlamentares e prelados. O livro constituiu um autêntico best-seller, tornando-se mais conhecido dentre os 147 trabalhos escritos por Florence. Faleceu em 13 de agosto de 1910, aos 90 anos.
Teoria de Florence Nightingale
A Enfermagem organizada começou na metade do século XIX sob a liderança de Florence Nightingale. As crenças de Nightingale e sua prática constituem o fundamento básico