Brava Gente Brasileira Na frente de combate, Ana Néri fica chocada com as condições dos alojamentos, onde feridos e mortos se misturam a homens sadios. Faltam materiais básicos e a higiene é péssima. Dedicada, a enfermeira começa a lutar para melhorar as práticas do atendimento aos pacientes e fazer com que o tratamento seja eficaz, mesmo nos hospitais improvisados. Com isso, Ana Néri salva vidas de inúmeros feridos de ambos os lados Ana Neri nasceu em 13 de dezembro de 1814, na então Vila de Cachoeira de Paraguassu, Bahia, seu nome completo era Ana Justina Ferreira Néri, ela casou com um capitão-de-fragata Isidoro aos 23 anos de idade e teve três filhos, ficando viúva ainda jovem aos 29 anos. Em 1865, o Brasil entrou na Tríplice Aliança, começou a Guerra do Paraguai e os filhos de Ana foram convocados. Sensibilizada com a dor da separação, no dia 08 de agosto ela escreveu ao presidente da província oferecendo-se para cuidar dos feridos de guerra. Como voluntária ao exército, até porque queria saber notícias dos filhos. Ela também era uma pessoa forte, determinada, persistente e vivia para cuidar dos enfermos. Chegando lá no hospital de campana do exército, se deparou também com o preconceito de ser mulher e estar ali para cuidar dos feridos de guerra. O diretor do hospital não achava que ela deveria cuidar dos doentes e sim ajudá-lo a organizar as fichas dos doentes. Mas ela, com muita perspicácia, pediu para ele a deixar visitar os enfermos, quando a mesma se deparou com muitos feridos inclusive uma criança que era do exército inimigo com a perna quase gangrenada gritando de dor, também viu um homem, que era irmão do diretor do hospital, precisando de uma cirurgia há vários dias, que lhe disse que seu irmão não tinha coração. Ela voltou até o diretor e contou o que viu, ele não gostou e pediu para que a mesma não fizesse nada diante do que viu,e como castigo colocou ela para lavar todas as roupas sujas das enfermarias, e ela o perguntou se podia colocar