Florbela Espanca

Florbela Espanca, nasceu em Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894, faleceu a 8 de Dezembro de 1930, em Matosinhos. Filha de Antónia da Conceição Lobo e do republicano João Marya de Espanca, o seu pai era sapateiro, mas passou a trabalhar como antiquário, negociante de cabedais, desenhista, pintor, fotógrafo e cinematografia. O seu pai era casado com Mariana do Carmo Toscano, teve 2 filhos de um caso extraconjugal; e assim nasceram Florbela e, três anos depois, Apeles, ambos filhos de Antónia da Conceição Lobo, e registados como filhos ilegítimos de pai incógnito. João Marya de Espanca criou-os na sua casa, e, apesar de Mariana ter passado a ser madrinha de batismo dos dois, João Marya só reconheceu Florbela como a sua filha em cartório dezoito anos após a sua morte.
Entre 1899 e 1908, Florbela frequentou a escola primária em Vila Viçosa, mais tarde Florbela ingressou então no Liceu André de Gouveia em Évora, onde ficou até 1912. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso secundário.
Em 1913 casou-se em Évora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola. Em 1916, de volta a Redondo, a poetisa reuniu uma seleção da sua produção poética desde 1915, inaugurando assim o projeto Trocando Olhares. Uma coletânea de 85 poemas e 3 contos que mais tarde foi utilizado para outras publicações. Durante a sua época as primeiras tentativas de promover as suas poesias falharam.
Pelo final do mesmo ano, Florbela iniciou a sua colaboração como jornalista, no Modas & Bordados (suplemento de O Século de Lisboa). A poetisa regressou de novo a Évora em 1917. Onde completou o 11º ano do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Em 1919 foi publicada a sua primeira obra, Livro de Mágoas, um livro de sonetos. Que se esgotou-se rapidamente. Em meados do 1920 interrompeu os estudos na faculdade de Direito. E a 29 de Junho de 1921 casou-se com António Guimarães. O casal passou a residir no Porto, mas, no ano