flor do mundo
Esta é a história que José Saramago escreveu, “A Maior Flor do Mundo”.
Eu, como ele escreveu neste bonito livro, vou tentar recontar esta história, tornando-a mais simples e mais bonita. Então vou começar assim:
Numa aldeia, uma aldeia chamada Aldeia do Pico, situada no pico da montanha, morava um rapaz. Esse rapaz era muito aventureiro, adorava andar por aí a descobrir novas coisas e novos “mundos”.
Numa bela tarde de Verão, estava o menino numa das suas aventuras, quando deu conta que estava perdido. Mas nada o fez parar. Ele continuou e seguiu o seu instinto. Andou, andou, andou e, finalmente, estava no cimo da montanha mais alta de toda a aldeia do Pico. Mas a visão dele não era muito entusiasmante. Apenas conseguia ver um vasto e deserto campo, nada mais, nada menos. Apenas havia um pequeno, e quase insignificante, sinal de vida. Era uma pequena, feia e murcha flor. Mas o menino tinha muita pena dela. Tentou ir buscar água, mas nada feito. Onde é que num campo tão seco, tão vasto, situado no pico da montanha, se poderia encontrar água?
Ele tentou ajudá-la o mais que podia. Tapou-a do quente e forte sol de Verão, que banhava a Aldeia do Pico, tentou protegê-la de tudo e de todos. Afastou as ratazanas que andavam a roer o seu caule e os grandes enxames que vinham para roubar o seu pouco pólen. Mas estava a anoitecer. O pobre rapaz estava cansado e sem forças. Até que adormeceu.
O dia tinha chegado. Ouvia-se o rouxinol que todos os dias cantava ao pé do quarto do rapaz, ouvia-se o antigo relógio de pêndulo que estava pendurado na parede dele, sempre no seu barulho “tic, tac, tic, tac…”.
– Bom! – o rapaz acordou disparado da cama. Ele nem sabia se estava a sonhar ou não. Estava sentado, na sua bela e fofa cama, com o seu adorado e antigo relógio de pêndulo e com o seu amigo rouxinol com sua bela e bonita voz. Mas o que o surpreendia mais nem era tudo isto. Mesmo em cima da sua mesa-de-cabeceira estava, num grande vaso, a flor que vira