Flexibilização e precarização: formas contemporâneas de dominação do trabalho
a) Qual a abordagem de Marx sobre o sistema capitalista de produção?
O capitalismo, segundo Marx, se configurou plenamente a partir do século XVIII quando ocorreu a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, na qual dali se propagou para outros países. Sua essência era a busca do capital, pelo qual a burguesia - a classe social dominante - concentrava o poder. Nessa busca, esse sistema econômico não via nenhum impedimento político, moral ou ético para expropriar o trabalhador de todos os seus atributos humanos. Marx afirma que no processo de produção capitalista, o homem se aliena, tornando - se mera peça de engrenagem produtiva. Ele não é mais dono dos seus instrumentos de trabalho, o ritmo de produção não é imposto por ele e tampouco domina o processo produtivo, ou seja, a divisão do trabalho. A principal consequência desse processo é que o trabalhador não se reconhece no produto que fez, e assim perde a sua identidade enquanto sujeito, ou seja, a alienação do produto do trabalho conduz à alienação do homem. As relações interpessoais em geral passam a serem medidas pelas mercadorias e pelo dinheiro, até os próprios proletários adquirem caráter de mercadoria, pelo fato de sua força de trabalho ser comercializada no mercado. O trabalhador torna - se um ser privado de sua essência humana. Contudo, Karl Marx (ideólogo alemão), com a mais rigorosa crítica ao capitalismo, propôs a alternativa socialista para substituir o mesmo (somente o trabalho humano gera valor, por isso a necessidade do capitalismo é explorar o trabalho). Segundo o marxismo, o capitalismo encerra uma contradição fundamental entre o caráter social da produção e o caráter privado da apropriação, que conduz a um antagonismo irredutível entre as duas classes principais da sociedade capitalista: a burguesia e o proletariado (o empresariado e os assalariados). Para os Marxistas, o sistema capitalista não garante meios de