Flauta doce
A história da flauta doce está ligada à origem do seu nome em inglês: RECORDER, que vem do latim RECORDARI que significa lembrar, recordar, trazer à memória. Em italiano a palavra RICORDO também significa lembrança, memento; e daí, talvez a primeira referência à flauta doce num livro de contas do Rei Henrique IV em 1388 por pagar uma "fístula nomine ricordo" (uma flauta chamada ricordo). Por não termos instrumentos desta época que tenham chegado aos nossos dias, as nossas fontes de informação são as gravuras em madeira ou pedra, desenhos em manuscritos e referências ao instrumento na literatura antiga, como por exemplo no romance "Squyr of Lowe Degre" (c. 1400), onde aparece como "dulcet pipes", provavelmente o nome da flauta doce no séc. XIV e também provavelmente do frances flûte douce. O inventário do Rei Henrique VIII (1547), mostra-nos que ele possuía diversos instrumentos em seus palácios, entre eles 72 flautas transversais e 76 flautas doces, a maioria, conjuntos em caixas, que incluía por exemplo uma grande baixo de madeira e várias flautas de marfim.
No séc. XVI temos a publicação de 4 importantes livros sobre instrumentos antigos na Alemanha, Suiça, Itália e França seguida de 2 outros livros no começo do séc. XVII:
1. Sebastian VIRDUNG (c.1465-?): Musica getutscht und ausgerogen (Strasburg e Basel , 1511). Dizia que as flautas doces eram geralmente feitas em 3 tamanhos: "diskant" em sol, tenor em do e baixo em fa.
2. Martius AGRICOLA (1486-1556):