Fixamento
. INTRODUÇÃO
Falar em Família neste século XXI, NO Brasil, como alhures, implica a referência a mudanças e a padrões difusos de relacionamentos. Com seus laços esgarçados, torna-se cada vez mais dificil definir os contornos que a delimitam. Vivemos uma época como nenhuma outra , em que a mais naturalizada de todas as esferas sociais , a família , além de sofrer importantes abalos internos tem sido alvo de marcantes interferências externas.
Desde a revolução industrial,que separou o mundo do trabalho do mundo familiar e instituiu a dimensão privada da família ,contraposta ao mundo público ,mudanças significativas a ela referentes relacionam-se ai impacto do desenvolvimento tecnológico.
A partir da década de 1960, não apenas no Brasil ,mas em escalas mundial ,difundiu-se a pílula anticoncepcional ,que separou a sexualidade de reprodução e interferiu decisivamente na sexualidade feminino . Esse fato criou as condições materiais para que a mulher deixasse de ter sua vida e sua sexualidade atadas a maternidade como um “destinos” .
A pílula ,associada a outro fenômeno social, a saber , o trabalho renumerado da mulher, abalou os alicerces familiares, e ambos inauguram um processo de mudanças substantivas na família.Mas tarde , a partir dos anos 80, as novas tecnologias reprodutivas – seja inseminações artificiais , seja fertilizações in vitro – dissociaram a gravidez da relação sexual entre homem e mulher. Isso provocou outras “mudanças substantivas” .
A pílula abala o valor sagrado da maternidade e a identificação entre a mulher e a mãe ,ao permitir a autonomia da sexualidade feminina sem sua enexorével associação com a reprodução.Várias pesquisas argumentam que os avanços tecnológicos nesta área reforçam a maternidade e seu valor social, sobretudo no que se refere á manutenção do padrão de relações de gênero.