Fitorremediação
A contaminação do solo com poluentes diversos provenientes das atividades antrópicas, tem chamado atenção em virtude da degradação do solo e da água. A partir dessa perspectiva, emergiu o conceito de fitorremediação, que descreve a utilização de plantas para a amenização e/ou extração do composto poluente. Embora a fitorremediação seja um conceito novo e que necessita mais estudos, observam-se respostas positivas na descontaminação de solos e água. As substâncias alvos da fitorremediação incluem metais (Pb, Zn, Cu, Ni, Hg, Se), compostos inorgânicos, elementos químicos radioativos (U, Cs, Sr), hidrocarbonetos derivados de petróleo (BTEX), pesticidas e herbicidas (bentazona, compostos clorados, etc), explosivos, solventes clorados e resíduos orgânicos industriais (PCPs, PAHs), entre outros.
Fitorremediação por Helianthus annus (Girassol):
O Girassol é uma planta de crescimento rápido e farta folhagem, considerada Fitoextratora, ou seja, aplica Fitorremediação por Fitoextração absorvendo os contaminantes através das suas raízes. Possui a habilidade de translocar o contaminante para a biomassa aérea. A planta tem a capacidade de crescer fora do seu local de origem, com crescimento rápido, elevada produção de biomassa, acumula mais de um metal, é de fácil colheita e possuir fator de transferência e de bioacumulação maior que 1. O fator de transferência mede a capacidade da planta de translocar o metal da raiz para parte aérea e o fator de bioacumulação a capacidade da planta absorver o metal da solução nutritiva, ou do solo, e de bioacumular no tecido da parte aérea ou raiz. O Girassol foi avaliado como planta fitoextratora de boro, tem potencial para ser cultivado em área contaminada com B, Cu e Zn.