Fissura labiopalatinas associada a fatores ambientais
INTRODUÇÃO
A fissura labiopalatina é uma das anomalias congênitas mais comum , segundo Peterson-Falzone, Hardin-Jones e Karnel¹, ocorre numa freqüência entre 1:500 e 1:700 nascimentos.
O atendimento a esse tipo de paciente deve ser interdisciplinar, segundo Nackashi, Dedlow e Dixon-Wood², é mais eficaz quando o paciente é atendido por uma equipe craniofacial interdisciplinar, ou até mesmo transdisciplinar. Nessa equipe, a intervenção fonoaudiológica tem papel essencial, tanto no aspecto alimentar quanto no comunicativo.
Nos casos de fissura que acometem somente o lábio e a pré-maxila, geralmente não se observam graves comprometimentos na comunicação oral. O mais comum nos casos de fissuras do lábio é encontrar distorções de fonemas decorrentes de alterações dento-oclusais ou, ainda, distorções decorrentes de retração labial importante. Por outro lado quando a fissura acomete o lábio e o palato, ou somente o palato, podem ser vários os comprometimentos na comunicação oral, além de atingir outras áreas também, como o psicossocial, educacional, odontológica e estética.
Considerando os aspectos mencionados, a qualidade do atendimento de saúde pode ser incrementada com o conhecimento das peculiaridades da saúde bucal dos indivíduos com fenda labiopalatina. Embora existam cuidados especiais, o atendimento odontológico básico para o portador de fenda labiopalatina não difere, em sua essência, daquele prestado aos demais indivíduos. Com base no desenvolvimento oral, este deve envolver aspectos preventivos e curativos como parte integrante do processo de reabilitação. Independentemente da extensão ou característica estrutural da fenda, o acompanhamento odontológico específico deve ser contínuo, desde o nascimento até a maturidade do indivíduo afetado, finalizando com a normalização da oclusão dentária.
A ocorrência das fendas é atribuída aos fatores genéticos e ambientais, os quais podem atuar isolados ou em