Fisioterapia
TUBERCULOSE PULMONAR: ASSOCIAÇÃO ENTRE EXTENSÃO DE LESÃO PULMONAR
RESIDUAL E ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR
RITA D E CÁSSIA SANTA C RUZ *, MARIA D E FÁTIMA PESSOA MILITÃO D E ALBUQUERQUE , ANTÔNIO ROBERTO LEITE C AMPELO , EDUARDO J UST D A C OSTA E SILVA , EDMÍLSON
MAZZA , R ENATA CARNEIRO MENEZES , S AMUEL KOSMINSKY
Trabalho realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE - Pós-Graduação em Medicina Tropical - Departamento de Medicina Clínica da UFPE, Recife, PE
*Correspondência:
Rua Paraíso do Norte, 150,
102-B
Várzea - CEP 50740-260 Recife-PE
Tele/Fax: (81) 34161272 ritascruz@ig.com.br RESUMO
OBJETIVO. Descrever as alterações nas variáveis da espirometria e seus distúrbios; estudar a existência de associação entre a extensão da lesão pulmonar residual ao final do tratamento da tuberculose e a alteração da função pulmonar aferida pela espirometria. MÉTODOS. Estudou-se uma série de 96 pacientes com diagnóstico de tuberculose pulmonar, atendidos em três unidades de saúde de Região Metropolitana do Recife, durante o período de janeiro de 2003 a novembro de 2005. Foram analisados pacientes de ambos os sexos, com idade a partir de 15 anos, cujas radiografias do tórax do final do tratamento foram classificadas pelo critério da National Tuberculosis Association (NTA). Os pacientes responderam questionário, no início da pesquisa, e foram submetidos à prova de função pulmonar, após o término do tratamento.
RESULTADOS. Dos 96 pacientes estudados, concluímos que 89,6% apresentavam seqüelas radiográficas; 54% apresentavam seqüelas moderadas a graves. Estas alterações radiográficas correspondiam a 24,6% e 73,8%, respectivamente, de alterações na função pulmonar.
CONCLUSÃO. Foram identificadas 89,6% de lesões residuais radiográficas, enquanto 66,7% das disfunções respiratórias alertam para o fato de que a assistência ao paciente com tuberculose pulmonar não deve se restringir apenas à cura