Atualmente, alunos e profissionais da Fisioterapia têm tido uma forte base sobre Anatomia, Fisiologia de Órgãos e Sistemas e de Técnicas, seguindo o fluxo do crescimento científico e tecnológico. Todavia, pouco se discute sobre Bioética. Os Cursos de Graduação tem, no geral, restringidos a disciplina de Ética ao estudo do Código de Ética Profissional. Esta ética não é pouco importante, pelo contrário, deve cada vez mais ser estudada, observada, debatida e reconhecida moralmente. Porém, a Fisioterapia é uma disciplina global, que tem o dever de recuperar capacidades físicas e mentais do cidadão para o exercício da vida. O processo de recuperação compreende medidas diversificadas e complementares nos domínios da prevenção, da educação especial, da reabilitação profissional e psicossocial, do apoio sócio-familiar, da acessibilidade, das ajudas técnicas, da cultura, do desporto e da recreação e outros que visem favorecer a autonomia pessoal. A política da Fisioterapia está orientada para, sem deixar de atender às necessidades específicas no campo médico, funcional, psicológico e social, focar a sua ação no meio envolvente, na perspectiva da construção de uma sociedade onde haja lugar para o direito a ser e permanecer diferente. Aspectos como um ambiente físico inacessível, a falta de tecnologia de apoio apropriada, atitudes negativas das pessoas em relação à incapacidade, bem como serviços, sistemas e políticas inexistentes ou que dificultam o envolvimento das pessoas, em todas as áreas da vida, limitam a funcionalidade e provocam incapacidade. A qualidade de produtos, sistemas, serviços ou ambientes utilizáveis com independência, igualdade, eficácia, segurança e conforto pelo maior número de pessoas respondem às barreiras com que se confrontam pessoas com necessidades especiais, de qualquer idade e ciclo de vida, de qualquer raça ou cor. Tudo isso diz respeito à Bioética. Falo-lhes de temáticas como dignidade, vulnerabilidade, direitos humanos, benefício e dano,