Fisioterapia ortopédica na pediatria
O Fisioterapeuta desempenha um papel muito importante no tratamento das doenças do foro ortopédico em Pediatria. Quer sejam doenças congénitas (patologia do pé, luxação da anca, torcicolo , etc), quer sejam patologias adquiridas (lesão plexo braquial, Doença de Legg-Calvé-Perthes, dismetrias dos membros, fracturas, alterações posturais, escolioses, etc).
Crianças com patologias ortopédicas não devem ser tratados como pequenos adultos. A abordagem fisioterapêutica nesses casos deve ser bem fundamentada e baseada nas características inerentes ao desenvolvimento físico e motor. Como as crianças estão em fase de crescimento e desenvolvimento, deve-se levar em conta a existência das epífises de crescimento abertas, que podem ser lesadas se um manuseio exagerado for realizado.
As sessões de Fisioterapia abordam todas as necessidades de cada criança, de acordo com a lesão apresentada. Essas lesões podem ser advindas de mal-formações congênitas, alterações no crescimento e / ou desenvolvimento, surgimento de tumores ósseos ou traumas. Em todos os casos, uma avaliação detalhada permitirá uma abordagem individualizada.
Mal Formação Congênita
Pé torto equino-varo.
É considerada a anomalia congênita mais frequente dos pés (Sharrard, 1971); sua incidência é da ordem de 1 a 2 casos por 1.000 recém-nascidos vivos. O pé apresenta-se em flexão plantar ao nível do tornozelo, com inversão e adução na articulação talocalcânea e nas articulações do metatarso. A deformidade pode ser fixa nos casos graves, apresentando o pé imobilidade quase total. Nos casos mais benignos, o pé dispõe de relativa mobilidade, mas a criança encontra dificuldades em relação à aversão e à flexão dorsal ativas.
Trata-se de uma deformidade que pode ser observada em recém-nascido perfeitamente normal sob todos os demais aspectos, mas pode também ser encontrada em combinação com outras malformações congênitas como, por exemplo, com a luxação do quadril, e entre outras. Em geral, a