Fisioterapia na doença de alzheimer
Sendo o Alzheimer uma doença que aumenta sua prevalência com o aumento da idade e o mundo lidando com a fatídica situação de aumento da expectativa de vida, tem-se a tendência clara de um aumento ainda mais expressivo da doença de Alzheimer (DA) entre idosos.
A DA caracteriza-se, basicamente, pela perda neuronal e degeneração sináptica com acúmulo patológico de placas senis e emaranhados neurofibrilares no córtex cerebral.
As 3 fases desta demência (inicial, intermediária e avançada) caracterizam-se por sintomas cumulativos como a perda de memória recente, alteração de linguagem, desorientação temporal e espacial, alteração de atenção, delírio, dificuldade em resolver, planejar e realizar tarefas em etapas. Todos estes déficits contribuem para a perda da habilidade para realizar as atividades instrumentais e básicas de vida diária, ocasionando, além do declínio cognitivo, o declínio funcional (dificuldade em vestir-se, alimentar-se, perda da habilidade financeira, entre outros).
Justamente neste ponto ou até antes desta perda funcional propriamente dita, entra em ação o fisioterapeuta que tem como principais objetivos manter tais atividades pelo maior tempo possível evitando a instalação de contraturas e encurtamentos musculares bem como melhorando a qualidade de vida de ambos, paciente e familiar.
Terapias que visem à independência funcional através do fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e da capacidade aeróbia atrelados ao estímulo cognitivo, sensorial e treino de outras habilidades como planejamento e execução de tarefas em etapas, treino de velocidade de processamento e atenção que podem até serem realizados durante a execução dos exercícios fisioterapêuticos usuais, são essenciais para atingir os objetivos propostos.
Da mesma forma, é papel também do fisioterapeuta, porém não somente deste profissional, aconselhar e manter a família orientada a respeito do processo da demência (perdas funcionais e