Fisiologia
ADAPTAÇÕES
DECORRENTES
DO
EXERCÍCIO
CARDIORESPIRATÓRIO SOBRE A OXIDAÇÃO DE LIPÍDEOS
(Exercício Aeróbio)
Marcelo Marquezi
A prescrição de exercícios físicos, de acordo com o nível de aptidão e objetivos do indivíduo, envolve as variáveis frequência (número de sessões semanais), volume (duração) e intensidade (ACSM, 2009; AUCOUTURIER, RANCE, MEYER,
ISACCO, THIVEL, FELLMANN, DUCLOS & DUCHÉ, 2009). A duração e freqüência são variáveis relativamente fáceis de monitorar, existindo consenso na literatura sobre suas formas de aplicação. Por outro lado, existem diversas maneiras de monitorar a intensidade de exercício e um balanço entre validade, aplicabilidade e praticidade desses métodos deve ser considerado. A resistência cardiorespiratória (expressa pelo consumo de oxigênio, VO2) é um dos componentes mais importantes da aptidão física. Ela consiste na capacidade de realizar exercícios dinâmicos envolvendo grandes grupos musculares, em intensidades de moderada a alta, por períodos prolongados (ASCM, 2009). O treinamento desta capacidade eleva a atividade oxidativa mitocondrial, a difusão pulmonar e a saturação da hemoglobina (HOLLOSZY & COYLE, 1984) entre outras adaptações, implicando em melhoria do desempenho, maior oxidação de lipídeos (LIPox) durante o exercício e alterações da composição corporal (SAHLIN, 2009).
Com relação ao metabolismo lipídico, alterações do estado nutricional e suplementação de agentes que estimulam a oxidação de ácidos graxos (AGs) têm sido utilizadas como estratégias para alterar a composição corporal. Entretanto, a utilização de LIP pelos músculos esqueléticos é extremamente sensível à disponibilidade de carboidratos (CHO) (MONTAIN,
HOPPER, COGGAN & COYLE, 1991; CURI, LAGRANHA, RODRIGUES JR, PITHON-CURI, LANCHA JR, PELLEGRINOTTI
& PROCOPIO, 2003) e intensidade do exercício (ROMIJN, COYLE, SIDOSSIS, GASTALDELLI, HOROWITZ, ENDERT &