Fisiologia e fisiopatologia da micção
Dr. MARCIO JOSBETE PRADO
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A fisiologia bem como a neurofisiologia da micção não estão completamente compreendidas. O fenômeno simples e quase inconsciente da micção envolve complexos mecanismos e interações neurais que têm sido objeto de inúmeros estudos nas últimas décadas. O desenvolvimento de técnicas histoquímicas especiais, estudos com estimulação elétrica nervosa em raízes sacrais e principalmente a maior difusão e padronização de estudos urodinâmicos têm permitido esclarecimentos de alguns pontos fundamentais para sua compreensão.
A uretra e a bexiga mantêm entre si continuidade anatômica e guardam relação funcional bastante íntima. A parede vesical no corpo da bexiga é composta de musculatura lisa que se distribui em todos os sentidos. Próximo ao colo vesical, organiza-se em três camadas anatomicamente distintas. A camada mais interna orienta-se no sentido longitudinal prolongando-se com a camada longitudinal interna da uretra. A camada muscular média, mais espessa e evidente a este nível, interrompe-se no colo vesical, não se prolongando até a uretra. A camada muscular externa tem sentido oblíquo nos mais variados graus de inclinação; tem, de modo geral, orientação espiralada, continuando-se com a camada externa uretral.( Ver figura )
Existem fibras musculares estriadas que envolvem a uretra:
. nos homens, entre o verumontanum e uretra bulbar;
. nas mulheres, envolvem principalmente a porção média.
A uretra posterior masculina (compreendendo a uretra prostática e a uretra membranosa) corresponde a praticamente toda uretra feminina, tendo a mesma origem embriológica.
No homem adulto, o parênquima prostático localiza-se na porção supramontanal; envolvendo a uretra por todos os lados, o que dificulta a identificação das camadas musculares uretrais e leva a confundir suas fibras musculares lisas que envolvem os ácinos