Fisiologia resrespiratória

Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício
Universidade Federal de São Paulo

Exposição à altitude para aumentar performance de endurance ao nível do mar
Claudio Andre Barbosa de Lira Julia do Valle Bargieri Fernanda Patti Nakamoto Uma das estratégias utilizada desde os anos 40 para aumentar a performance de longa duração em atletas é a utilização do treinamento em altitudes elevadas. Nesses ambientes a pressão atmosférica é menor que ao nível do mar, como sabemos a pressão atmosférica é determinada pela soma das pressões parciais dos gases presentes na atmosfera (lei de Dalton), sendo assim a pressão parcial do oxigênio (O2) em elevadas altitudes está diminuída. Tal alteração determina adaptações fisiológicas, tais como, aumento da ventilação pulmonar e do número de hemácias (a principal adaptação). As hemácias são produzidas em resposta à liberação de eritropoetina (EPO), um hormônio produzido pelo rim. As hemácias são as principais vias de transporte de O2 do pulmão para os tecidos, de tal forma que, pelo menos teoricamente quanto maior o número de hemácias maior é a capacidade do sangue de transportar O2. Por isso é desejável que um atleta de endurance que irá competir na altitude passe a viver nesse ambiente semanas antes do evento. Em virtude do treinamento e da permanência em altitude elevada acarretar adaptações benéficas no transporte de O2 mencionadas anteriormente, tal estratégia é comumente utilizada por atletas e treinadores para aumentar a performance no nível do mar. Entretanto, os benefícios desta estratégia ainda são controversos, alguns estudos mostraram efeitos benéficos com o treinamento na

altitude (Roskamm et al, 1969; Daniels, Oldridge, 1970; Kanstrup et al, 1984; Terrados et al, 1988; Bigard et al, 1991; Levine, Stray-Gundersen, 1995), ao passo que outros estudos mostraram efeitos desfavoráveis do treinamento de altitude sobre a performance ao nível do mar como a redução da massa muscular (Green et al, 1989), redução no consumo