fisiologia respiratoria das aves
Durante a inspiração, o volume corporal (torácico e abdominal) aumenta. Isto promove diminuição na pressão nos sacos aéreos em relação à atmosfera, e o gás move-se através dos pulmões e sacos aéreos. Inversamente, durante a expiração, o volume corporal diminui, a pressão nos sacos aéreos aumenta em relação à atmosfera e o gás é forçado para fora dos sacos aéreos e de volta através dos pulmões para o meio ambiente. Assim, o fluxo de gás através dos pulmões das aves dá-se durante ambas as fases do ciclo respiratório. Durante a inspiração, o ar é subdividido nos pulmões. Alguma quantidade de gás movimenta-se para os brônquios secundários mediodorsais, através dos parabrônquios paleopulmonares, e para dentro dos sacos aéreos craniais; o restante do ar move-se através dos parabrônquios neopulmonares, brônquios secundários lateroventrais ou brônquio primário intrapulmonar para dentro dos sacos aéreos caudais. Durante a expiração, o ar dos sacos aéreos caudais passa novamente através dos parabrônquios neopulmonares e igualmente nos brônquios secundários lateroventrais ou brônquio primário intrapulmonar (na direção oposta a da inspiração) e então se move para os brônquios secundários mediodorsais e passa através dos parabrônquios paleopulmonares (na mesma direção como durante a inspiração). O gas dos sacos aéreos craniais move-se para os brônquios secundários medioventrais e para fora dos pulmões durante a expiração sem passar novamente sobre as superfícies de trocas gasosas. O movimento unidirecional do gás através dos parabrônquios paleopulmonares, a principal porção de troca gasosa dos pulmões, reduz os desvios de ar respiratório e por meio disso aumenta a eficiência da ventilação. Isto é vantajoso para a troca de gás pulmonar.
Referência Bibliográfica: SWENSON, J. MELVIN. REECE, O. WILLIAM
Dukes, Fisiologia dos Animais