fisiologia pratica
PL-Pulsos
Quando se palpa uma artéria, o pulso arterial é percebido como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco. A expansão é devida à distensão súbita da parede arterial originada pela ejeção ventricular na aorta e sua transmissão aos vasos periféricos. Na realidade, o pulso arterial é uma onda de pressão dependente da ejeção ventricular e, por isso, a análise do pulso arterial proporciona dados inestimáveis da ejeção ventricular esquerda, do mesmo modo que o pulso venoso expressa a dinâmica do enchimento ventricular direito.
Recomenda-se as seguintes táticas na semiotécnica da palpação do pulso arterial:
1) Efetuar um mínimo de compressão e com mais de uma polpa digital;
2) Executar movimentos de vai e vem ao longo da artéria que está sendo explorada. Obter informações sobre as características de dureza, consistência, forma e decurso. A artéria é normalmente retilínea, mole, de superfície lisa e uniforme e não dá a sensação de relevo na compressão e no movimento de lateralização;
3) Palpar, na ordem, as seguintes artérias:
a) Radial: na goteira radial, usando duas a três polpas digitais e, o polegar apoiado, em garra, na extremidade radial do dorso do antebraço;
b) Braquial: para dentro do corpo do bíceps, junto à prega do cotovelo, com a polpa digital do polegar;
c) Subclávia: por detrás e abaixo da clavícula;
d) Aorta: na fúrcula esternal;
e) Carótida: na borda interna do músculo esternocleidomastóideo, com ligeira flexão lateral da cabeça. Para evitar as conseqüências desagradáveis da [síndrome do seio carotídeo] especialmente em idosos, não palpar as carótidas simultaneamente e limitar a palpação à metade inferior do pescoço do paciente;
f) Temporal: junto ao osso temporal;
g) Aorta abdominal: a partir do epigástrio até dois dedos abaixo da cicatriz umbelical;
h) Femoral: na união do terço médio e terço interno da arcada crural;
i) Poplítea: no centro da face posterior dos joelhos, colocados em ligeira