Fisiologia do vômito

O vômito é o meio pelo qual o tubo gastrintestinal livra-se de seu conteúdo quando quase qualquer parte do tubo gastrintestinal superior sofre irritação, distensão ou até mesmo excitação excessiva. O excesso de distensão ou de irritação do duodeno constitui o mais forte estímulo para o vômito. Os impulsos são transmitidos por aferentes vagais e simpáticos até o centro bilateral do vômito no bulbo, situado próximo ao feixe solitário, aproximadamente ao nível do núcleo motor dorsal do vago. A seguir, surgem reações motoras adequadas para desencadear o ato do vômito. Os impulsos motores que realmente causam o vômito são transmitidos do centro do vômito, pelos 5°, 7% 9.% 10." E 12.° pares cranianos, até o tubo gastrintestinal superior, e pelos nervos espinhais até o diafragma e os músculos abdominais.
Antiperistaltismo, o prelúdio do vômito. Nos estágios iniciais da irritação gastrintestinal excessiva ou da hiperdistensão, começa a ocorrer antiperistaltismo, quase sempre dentro de minutos antes da ocorrência do vômito. O antiperistaltismo pode começar em áreas distais do tubo intestinal, como o íleo, e a onda antiperistáltica percorre de volta o intestino com velocidade de 2 a 3 cm por segundo; na verdade, esse processo pode empurrar o conteúdo intestinal por todo o trajeto até o duodeno e o estômago em 3 a 5 minutos. A seguir, quando essas porções superiores do tubo gastrintestinal, em particular o duodeno fica francamente distendido, essa distensão passa a constituir o fator desencadeador que inicia o ato do vômito. Durante o vômito, ocorrem fortes contrações intrínsecas tanto no duodeno quanto no estômago, juntamente com o relaxamento do esfíncter esofágico inferior, permitindo que o material a ser vomitado se desloque para o esôfago. A partir daí, um ato específico de vomito, envolvendo os músculos abdominais, expele o material para o exterior.
Quando o centro do vômito é suficientemente estimulado, e o ato do vômito está instituído, os primeiros efeitos