Fisicos jonios
O “milagre grego” foi uma explosão da filosofia no mundo helênico. Aparentemente, na Grécia, onde alguns homens se perguntaram “Que é mundo?” e tentaram responder sem apelar para a intervenção dos deuses. Pode ser situado aí o nascimento do espirito racional e cientifico, já que esses homens não se contentam em observar os fenômenos, mas também procuram suas causas, naturais e não míticas.
Isso aconteceu na jônia, esse mundo não era um império centralizado em torno de um rei de natureza divina. A riqueza das cidades dependia às vezes da agricultura, mas, sobretudo do comércio, este permitia o contato com diferentes reinos. Portanto a circulação de mercadorias permitiu a circulação de ideias e técnicas.
Rejeitando os mitos comumente aceitos, alguns homens irão então ou negar qualquer noção de deus ou, antes, conceber a ideia se um princípio divino abstrato que não os impeça de buscar explicações naturais para os fenômenos que observam. A partir daí, é em Mileto que começam a trabalhar os primeiros físicos gregos: Tales, Anaximandro e Anaximeno.
Partindo de observações acumuladas durante vários séculos, os físicos quiseram então explicar, por meio de mecanismos naturais, do que se compõe o mundo – o elemento primeiro da matéria –e como está organizado –a imagem dos cosmos. Então esses primeiros físicos gregos começam a buscar explicações e criam várias teorias para isso. Em meio a essas teorias, fora a primeira vez que os astros são claramente situados a diferentes distâncias da terra e contribuíram para ter o primeiro esboço da cosmologia que será elaborada nos anos seguintes e irá se impor durante muito tempo.
PITÁGORAS E O DOGMA DO CÍRCULO
No final de século VI a.C., a Jônia é invadida pelos persas. Eles propiciaram um primeiro contato entre seus próprios conhecimentos, os dos impérios do Crescente Fértil e os dos indianos, vizinhos próximos dos persas que há tempo vinham desenvolvendo suas próprias concepções acerca da ordem