fisico quimica
Introdução Teórica
Concentração Micelar Crítica Ao estudar-se as propriedades físico-químicas de uma solução tensioativo em função da variação da concentração, verifica-se que há uma variação brusca das propriedades quando é atingido um determinado valor, que corresponde ao início da formação de micelas. A concentração a que este fenômeno ocorre é denominada concentração micelar crítica e, visto que não há uma verdadeira separação de fases, a concentração corresponde a um estreito intervalo de concentrações, não sendo uma concentração rigorosamente definida. Quando se adicionam compostos com grupos hidrofóbicos à água, estes distorcem a sua configuração. De forma a minimizar a distorção e diminuir a energia de Gibbs do sistema, estes posicionam-se à superfície com o grupo hidrofóbico orientado para o exterior do solvente. No entanto, a partir do ponto da concentração correspondente à CMC, qualquer tensioativo adicionado irá agregar-se em micelas, visto que a partir desta concentração, as interações hidrofóbicas monômero-monômero sobrepõem-se às interações hidrofílicas monômero-solvente. À partida, o movimento de monômeros da solução para o interior das micelas induz alguma perda de liberdade devido ao confinamento na estrutura, contribuindo como termo positivo para a energia de Gibbs do sistema e, portanto, desfavorecendo a micelização. Se a micelização ocorre ou não, ou a que concentração, depende do balanço dos fatores que promovem e os que se põe à sua formação. A concetração micelar crítica é uma propriedade intrínseca e característica do surfactante. A adsorção do surfactante na superfície (interface líquido/ar) depende da concentração do mesmo na solução. Em baixas concentrações, as moléculas do surfactante se distribuem na superfície, ficando paralelamente orientadas. Com o aumento da concentração de surfactante, diminui a área disponível em relação